O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que o julgamento da ação penal da trama golpista “encerra os ciclos do atraso na história brasileira”. O pronunciamento do ministro ocorreu ao final da sessão da Primeira Turma da Corte, que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados pela tentativa de reverter o resultado das eleições de 2022.
Apesar de não ter participado da votação, o ministro compareceu ao julgamento. Barroso argumentou que a trajetória do Brasil é caracterizada pela crise institucional e que o encerramento do processo judicial pode interromper esse ciclo. “Acredito que estamos finalizando os ciclos de estagnação na história brasileira, marcados pelo golpismo e pela violação da legalidade constitucional. Tenho convicção de que algumas das atuais incompreensões se transformarão em reconhecimento no futuro”, declarou. O ministro também considerou o julgamento um “ponto de inflexão” na história do país e negou a existência de perseguição política contra Bolsonaro e os demais envolvidos.
Referiu-se a ele como um julgamento público, transparente, com o devido processo legal, fundamentado em provas diversas, vídeos, textos, mensagens e confissões. O presidente do Supremo também declarou que nenhum ministro saiu daqui hoje feliz. Mas, devemos cumprir com coragem e serenidade as missões que a vida nos dá”, concluiu.
Placar
O Supremo Tribunal Federal julgou, por 4 votos a 1, que Jair Bolsonaro e sete indivíduos foram culpados de crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de bens tombados. A maioria dos acusados recebeu condenações com penas que ultrapassam 20 anos de prisão em regime fechado.
Mesmo com a determinação do período de sentença, os condenados não serão presos imediatamente. Eles ainda podem apresentar recursos e buscar revogar as condenações. A execução das prisões só ocorrerá se os recursos forem negados.
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Com informações da Agência Brasil.
Fonte por: Jovem Pan